Acreditávamos que, para vencer na era digital, bastava seguir a maré e se adaptar rapidamente às tendências emergentes. No entanto, nossa jornada nos mostrou uma verdade mais complexa. Mesmo nas esferas mais digitalizadas, a maturidade digital varia drasticamente e pode afetar diretamente os resultados de uma empresa.
A escolha das ferramentas corretas é um aspecto fundamental desta transformação. Uma empresa digitalmente madura tem à sua disposição uma variedade de ferramentas e tecnologias, desde produtos digitais eficientes baseados por uma pesquisa de UX Design como sites institucionais, e-commerce e aplicativos, até sistemas avançados desenhados e desenvolvidos com o intuito de apresentar números internos da empresa, como dashboards.
O uso efetivo dessas ferramentas permite que as empresas monitorem o desempenho de produção em tempo real, antecipem problemas antes que eles ocorram e melhorem continuamente a eficiência e a produtividade.
Em nossa busca para compreender a transformação digital que molda o Brasil, embarcamos em uma pesquisa de exploração realizada pela McKinsey. Vamos entender um pouco mais sobre a transformação digital de negócios brasileiros a partir de um estudo com 124 empresas de grande e médio porte.
Para começarmos, vamos desacelerar por um momento e perguntar: o que realmente significa “digital”? As transformações digitais agem sobre quatro pilares fundamentais:
1 – Modelos de negócios: inovando a maneira de operar e gerar valor.
2 – Conectividade: engajamento em tempo real.
3 – Processos: priorizando a experiência do cliente, automação e agilidade.
4 – Analytics: apoiando melhores decisões e uma cultura de dados.
Para colher os frutos desses pilares, precisamos cultivar uma abordagem de gestão abrangente, que aborde quatro dimensões cruciais: Estratégia, Capacidades, Organização e Cultura.
Segundo a pesquisa, podemos classificar as empresas em quatro categorias distintas, cada uma marcando seu próprio ritmo na jornada digital:
Líderes Digitais: Esta é a elite, as empresas que pontuaram acima de 51 na escala da ferramenta Analytics & Digital Quotient (A&DQ). Eles estão no topo da cadeia alimentar digital, estabelecendo o ritmo e o padrão para o restante do ecossistema.
Ascendentes: Este grupo pontuou acima de 35 na escala A&DQ, mas ainda não alcançou o pico. Eles são os aspirantes, ganhando impulso e subindo a montanha da maturidade digital.
Emergentes: Com pontuação acima de 25 na escala A&DQ, as empresas emergentes estão apenas começando a abraçar a transformação digital, procurando encontrar seu lugar em um terreno digital cada vez mais complexo.
Iniciantes: Com pontuação abaixo de 25, os iniciantes são aqueles que ainda estão explorando as belezas e desafios da era digital. Eles têm um longo caminho a percorrer, mas cada passo conta.
Os líderes digitais do Brasil apresentam um reflexo quase perfeito de seus pares globais, emergindo como verdadeiros titãs digitais no palco nacional. De acordo com a ferramenta A&DQ, os líderes brasileiros alcançaram uma pontuação média geral de 66 pontos, a um passo da média global de 67 pontos.
No entanto, mesmo no brilho de seu sucesso digital, uma sombra persiste. Na dimensão Capacidades, os líderes brasileiros pontuaram 5 pontos percentuais abaixo da média global, com 66 contra 71 pontos dos líderes globais. É uma diferença que pode parecer pequena, mas que na era digital acelerada pode se traduzir em uma distância significativa.
Os líderes percebem que é necessário talento para desenvolver esses recursos e habilidade para interpretá-los. A geração de insights significativos para melhorar os resultados do negócio vem dessa mistura de talento e habilidade. Além disso, eles garantem que as iniciativas digitais sejam bem-sucedidas e amplamente implementadas, definindo e monitorando ativamente os KPIs de transformação digital.
Como resultado, as empresas líderes não apenas apresentam desempenho excepcional em todas as práticas do estudo, mas também se destacam nas três práticas de transformação digital avaliadas como as mais desafiadoras:
Estrutura Organizacional: 90% das empresas líderes têm papéis e responsabilidades claros que habilitam a estratégia digital da empresa, em comparação com apenas 10% das demais empresas.
Experimentação: 60% das empresas líderes incentivam a tomada de riscos e a criatividade, contra meros 2% das demais empresas.
Jornada do Cliente: 80% das empresas líderes atendem todas as necessidades e expectativas do cliente ao longo de sua jornada de decisão, em contraste com 13% das outras empresas.
Em contrapartida, as empresas com menor maturidade digital conseguem se focar em um conjunto de práticas “básicas” ou pré-requisitos para iniciar uma transformação digital. No entanto, fazem isso de forma isolada e ainda incipiente. As práticas incluem:
Consciência da mudança: 84% das empresas iniciantes entendem como o digital e a análise de dados impactam o ecossistema e o modelo de negócio.
Orientação externa: 69% das empresas iniciantes usam soluções e parcerias externas para se capacitar em digital e análise de dados.
Centralidade do cliente: 53% das empresas iniciantes aprimoram aspectos relevantes da interação digital, como a personalização do site e a sugestão de itens.
A digitalização é um chamado que todas as empresas ouvem, independentemente do seu tamanho. Porém, os líderes tendem a ir além, mudando significativamente sua estratégia corporativa e investindo mais na digitalização. Uma transformação digital eficaz requer uma estratégia que alie uma visão ambiciosa com uma abordagem holística e uma clara mensuração dos resultados.
Nossa exploração nos levou a descobrir que as empresas líderes têm 3,5 vezes mais chances de vincular o digital à estratégia do negócio. Eles também têm 5 vezes mais chances de ter um roadmap detalhado de casos de uso do que as empresas iniciantes, conseguindo implementar mudanças mais profundas e estruturais.
Por outro lado, as empresas com menor maturidade digital tendem a ter uma visão mais focada na interface com o cliente. Elas veem o digital como um pilar adicional à estratégia, mas sem um plano de transformação claramente definido. Isso resulta em grandes desafios de execução.
No entanto, o desafio é entender como o digital se articula com a estratégia da empresa. O digital e a análise de dados não são uma estratégia em si, mas sim um “potencializador” da estratégia. Eles devem estar interligados de forma transversal com a estratégia da empresa e as diferentes dimensões do negócio para garantir a criação de valor.
A cultura é o coração da transformação digital. Mas como todos os corações, precisa ser cuidada. Para muitas empresas, a cultura é o maior obstáculo na entrega de impacto em iniciativas digitais. Na transformação digital, mudar a cultura envolve vários elementos críticos, como agilidade, experimentação, colaboração interna, mentalidade baseada em dados e orientação externa. No entanto, transformar a cultura de uma empresa requer uma mudança de mentalidades e comportamentos em todos os níveis da organização.
As empresas estão cientes da importância de uma cultura voltada para a inovação e a assunção de riscos. No entanto, muitas vezes, os riscos aceitáveis são apenas aqueles de baixo valor. A maioria das empresas ainda não compreende a ligação entre o apetite ao risco e a cultura de teste e aprendizado, que permite ajustes rápidos para a captura de valor.
Por outro lado, algumas empresas trabalham efetivamente com equipes multifuncionais ágeis. Dentre elas, algumas estão aplicando o modelo ágil em escala, alcançando até 60-80% de seu desenvolvimento em um ambiente ágil.
Além disso, a busca por capacidades externas é uma porta de entrada comum para a transformação digital. No fim das contas, uma cultura digital eficaz não é apenas sobre adotar novas tecnologias. Trata-se de construir uma mentalidade que aceita o risco, incentiva a inovação, promove a agilidade e valoriza a colaboração. Esta é a batida que todas as empresas devem aprender a dançar se quiserem avançar na era digital.
A transformação digital é uma viagem, e a velocidade e direção desta viagem variam entre as empresas e setores. Mas, uma coisa é certa: para manter-se no ritmo acelerado da economia digital de hoje, as empresas precisam investir tempo e recursos para maximizar o valor dos modelos de negócio existentes e para inovar e criar novos.
Para as empresas que almejam liderar no contexto digital brasileiro, as seguintes ações estão diretamente relacionadas ao grau de maturidade digital que podem alcançar:
Estratégia
Decidir onde executar as iniciativas digitais é fundamental. Isso pode ser dentro da empresa, aproveitando os pontos fortes existentes, ou fora dela, com novas iniciativas que podem não ter sinergia imediata, mas que têm potencial a longo prazo.
Aqui na Badaró nós podemos te ajudar em tomadas de decisões baseadas em uma análise profunda em seu ecossistema. Realizamos uma avaliação abrangente da sua empresa, abordando estratégia, operações, finanças, RH, marketing e outros setores cruciais, com o objetivo de fornecer uma visão clara e detalhada da saúde e competitividade da sua empresa, fornecendo projeções precisas.
Identificamos falhas e otimizamos atividades; estruturamos seus objetivos, vantagens competitivas e demandas do mercado; detectamos estratégias comerciais, segmentação de clientes, canais de distribuição e comunicação da marca. Além disso, compreendemos seu capital, desempenho nas vendas e gestão de despesas.
Capacidades
É essencial escolher um modelo de digitalização que permita amadurecer as capacidades digitais. Estabelecer políticas, ferramentas e novas formas de trabalho é o caminho para uma organização onde o digital e o negócio tradicional se fundem de forma indistinguível.
Conte com os nossos especialistas em tecnologia para avaliar a vitalidade do seu produto digital, examinando sua excelência, integridade, adaptabilidade, desempenho e conformidade regulatória. Com nossa expertise, oferecemos soluções alinhadas às suas estratégias e estabelecemos bases tecnológicas sólidas para seus produtos.
Organização
A responsabilidade pela transformação precisa ser claramente definida. Isso significa estabelecer a estrutura e a governança para acompanhar a transformação, minimizando a fragmentação da gestão e promovendo a responsabilização da alta gerência da empresa.
Além disso, os líderes com conhecimento em digital precisam estar diretamente envolvidos na transformação, apoiando uma mentalidade que desafia o status quo e promove mudanças.
Cultura
A cultura é fundamental. As novas formas de trabalho devem incentivar a autonomia, o aprendizado contínuo e os ambientes de trabalho abertos. O propósito da transformação deve ser comunicado frequentemente, usando tanto meios digitais quanto tradicionais.
Para isso, os talentos Badaró podem ser integrados a sua empresa, garantindo uma atuação de especialistas com alta capacidade de entrega, proporcionando excelência, expertise e eficiência para sua equipe interna.
Em resumo, a transformação digital não é apenas uma opção, mas uma necessidade para a sobrevivência e sucesso no mercado brasileiro atual e futuro. A jornada pode ser desafiadora, mas as recompensas são imensas. As empresas que adotam uma abordagem estratégica e estruturada para a transformação digital estão bem posicionadas para se destacar na era digital.
E aí. Vamos dar um salto, rumo a maturidade digital do seu negócio?