A construção de uma cultura de inovação não é apenas uma necessidade, é uma jornada que vai muito além de simples processos ou tecnologias avançadas. Trata-se de uma mudança profunda na mentalidade organizacional, especialmente quando falamos do cenário dinâmico que atualmente o mercado apresenta.
A estratégia de Inovação Aberta surge como uma resposta às complexidades enfrentadas pelas empresas ao tentarem inovar de forma isolada. Mesmo as organizações mais robustas reconhecem que não detêm o conhecimento absoluto. Nesse contexto, a Inovação Aberta se posiciona como uma abordagem que promove a colaboração para ações eficazes.
Distribuição, participação e descentralização
Ao observar a realidade corporativa, é plausível admitir que nem todos os colaboradores se destacam como especialistas em suas áreas. A Inovação Aberta apresenta um modelo que amplia o diálogo, permitindo a incorporação de perspectivas diversas para enfrentar desafios e promover a inovação.
Quanto à definição de Inovação Aberta, transcende a classificação simplista como uma metodologia, mentalidade ou modelo de negócios isolado. Ao explorar esse conceito, estabelecemos um cenário no qual a competição não apenas aproveita informações de outras empresas, mas também contribui com dados próprios para impulsionar o progresso conjunto.
Inovação aberta X Inovação fechada: oxigenação do ecossistema
Se você já investiu considerável tempo e recursos na busca pela inovação, porém se deparou com a frustração de resultados e, claro, um gargalo nas entregas do seu time, acredite, você não está sozinho.
O modelo de Inovação Fechada, preponderante nas empresas tradicionais, muitas vezes passa despercebido, sendo adotado implicitamente. Este modelo fundamenta-se na convicção de que a expertise interna é capaz de gerar novos negócios, receitas e oportunidades para a empresa. Nesse contexto, as informações são retidas internamente e não são compartilhadas com terceiros.
Ao compararmos com o conceito de Inovação Aberta, torna-se evidente que a Inovação Fechada é caracterizada por uma abordagem mais reservada e restrita. No entanto, ao longo dos anos, esse modelo enfrentou desafios específicos percebidos por executivos, tais como a ênfase na manutenção de recursos e orçamento, considerando inovações externas como produtos da concorrência.
Outros desafios incluem a limitação do conhecimento gerado internamente, resultando em contribuições incompletas para o mercado, seja devido a inadequações às necessidades do mercado ou à lentidão inerente ao processo interno.
A Inovação Aberta, por sua vez, fundamenta-se na convicção de que profissionais externos podem contribuir significativamente para o alcance dos objetivos estratégicos da empresa. Neste modelo, o compartilhamento bidirecional de propriedade intelectual é encarado como benéfico para todas as partes envolvidas.
A obtenção de informações externas é considerada crucial para a tomada de decisões fundamentadas, diversificadas e qualificadas, promovendo, assim, a inovação eficaz de empresas parceiras, destacando como a troca de informações e experiências pode ser determinante para a excelência tanto estratégica quanto operacional nos negócios.
Ambidestria: equilíbrio entre inovação e manutenção
Quando o assunto é sobre cultura da inovação, a lista de ideias e metodologias ágeis não tem fim. Ao longo de mais de uma década, desenhamos e desenvolvemos experiências tangíveis que geraram resultados em grandes players do mercado.
A partir dessa visão de negócio, podemos pautar cases que necessitavam de equilíbrio para manter a sua saúde e motivar os seus profissionais a construir um novo legado. Para isso, precisamos falar sobre ambidestria, você já ouviu falar?
A ambidestria organizacional emerge como um conceito que procura equilibrar as perspectivas de empresas que se concentram exclusivamente em seu presente e aquelas que têm um olhar constante para o futuro. Essa abordagem visa proporcionar eficiência operacional, ao mesmo tempo em que incentiva a exploração inovadora.
Pode até parecer simples, mas essa metodologia requer um esforço de profissionais capacitados para manter o equilíbrio. Com o avanço de novas tecnologias, o direcionamento exclusivo de um negócio para o futuro pode acarretar em uma estrutura que ainda não está pronta. Por outro lado, ao direcionar exclusivamente no presente, esse negócio pode estagnar.
Nesse caso, a sustentação tem como princípio a otimização de produtos e serviços já existentes, entregando uma eficiência operacional. Enquanto isso, a disrupção é necessária para antecipar tendências, garantindo relevância contínua no cenário em constante evolução.
Podemos chamar isso de ambidestria organizacional, uma complexidade de ações de grande impacto entre sustentação e disrupção que exige uma gestão de especialistas para potencializar a inovação e estabilidade operacional simultaneamente.
Dar o primeiro passo para a inovação pode ser mais fácil
Incentivar a quebra de paradigmas, a fim de exterminar um “vício de negócio” e criar um ambiente propício à inovação é uma tarefa nada fácil. Muitas vezes, significa adotar novas metodologias, uma abordagem que direcione o planejamento estratégico do ecossistema por completo, fortalecendo a organização e foco para os planos de ação.
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