Logo no início da palestra, Lopes trouxe uma comparação interessante – ele disse que a IA é como a calculadora para a matemática. Esse ponto foi apresentado para esclarecer desde o início da palestra que a IA não é uma ameaça, mas sim uma ferramenta poderosa que pode elevar nossa criatividade e eficiência.

Ele explicou que os receios sobre a plataforma são reais, mas que é um processo natural da inovação que passa por algumas etapas ao se estabelecer – digitalização, decepção, disrupção, desmaterialização, desmonetização e democratização. Entendemos que estamos na etapa de disrupção, aprendendo a como utilizar a AI da maneira mais produtiva possível.

O presidente da ABEDESIGN ressaltou que a criatividade, intuição e empatia continuam sendo nosso diferencial como profissionais, algo que a IA não pode replicar. Achamos inspirador o conselho dele para não sermos “robôs”, pois nossa singularidade humana é o que realmente agrega valor ao design. 

“Acompanhei a palestra e vimos diversos exemplos do uso da AI na criação de marcas. Acredito que muitas criações ainda precisam ser regulamentadas para que possamos utilizar criações feitas por AIs comercialmente. Mas quando falamos em produtividade interna, a capacidade de aceleração criativas das assistentes realmente impressionam.”

Thais Cruz

Marketing Manager na Badaró

 

Os exemplos reais que ele trouxe de empresas que já estão utilizando a IA em seus projetos de design nos mostraram como a tecnologia já está moldando o presente e o futuro da nossa área. 

Ele também compartilhou três tipos de inovação:

– Inovação transformativa: que revoluciona as bases do mercado;
– Inovação sustentada: que aprimora continuamente as soluções;
– Inovação de eficiência: que busca otimizar processos existentes;

E adivinha, o Design está presente em todas elas.

Design e Inteligência Artificial-Badaro-Hacktown-Inovacao-Ai-Design-Tecnologia

 

A palestra nos deixou com uma mensagem poderosa sobre como podemos aproveitar a IA para alavancar negócios e democratizar o acesso a serviços digitais e desenvolvimento de marcas com auxílio o seu auxílio, demonstrando no processo como diferentes plataformas que utilizam a inteligência artificial aceleram o lançamento de um produto ou feature no mercado. 

IA Generativa: Explorando seu Impacto no Futuro do UX

Painel conduzido por Raoni Teixeira, UX Designer; Pedro Burneiko, Principal Product Designer no Enjoei, a maior plataforma de brechó da América Latina; Nathalia Andrijic, Gerente de Pesquisa no Google e professora da Miami Ad School e Erico Fileno, Diretor Executivo de Transformação de Negócios com vasta experiência no mercado de UX.

A IA tem uma história desde os anos 70, mas agora está se movendo em uma direção diferente, especialmente com a chegada da Inteligência Artificial Generativa. Essa abordagem envolve sistemas que têm a incrível habilidade de criar novos conteúdos – pense em imagens, música, texto e muito mais. Eles fazem isso imitando padrões e características encontrados em conjuntos de dados de treinamento, usando redes neurais e algoritmos para dar vida a informações que nunca estiveram nos dados originais. Imagine a IA produzindo arte, música e textos criativos por conta própria, construindo sobre o que já conhece.

Mas até onde essa revolução nos levará?

Há um debate sobre os limites dessa tendência. A Inteligência Artificial generativa tem o poder de criar experiências extremamente personalizadas, mas também há preocupações legítimas sobre privacidade, manipulação e a possibilidade de ficarmos presos em “bolhas de informação”.

E quanto às profissões de UX (User Experience)?

Não, elas não estão ameaçadas de extinção. De fato, a Inteligência Artificial generativa pode se tornar uma aliada valiosa para os profissionais de UX. Ela pode acelerar a criação de protótipos, gerar ideias criativas e explorar diferentes cenários. No entanto, o toque humano continuará sendo essencial para compreender as necessidades emocionais e cognitivas dos usuários, moldando a ética do design e resolvendo desafios complexos.

Claro, há outros aspectos a serem considerados. O uso excessivo da IA generativa pode levar a uma certa uniformização do conteúdo, tirando sua originalidade e diversidade criativa. Também há questões sobre autoria e direitos autorais, já que a IA pode criar algo semelhante ao trabalho humano.

Em resumo, estamos diante de um horizonte de personalização e envolvimento graças à Inteligência Artificial generativa. No entanto, a palestra nos mostrou que é vital que a abordagem seja gerenciada com sabedoria, equilibrando seus benefícios promissores com as importantes implicações éticas, criativas e sociais que ela traz consigo.

Convidamos você a continuar esse papo com os nossos especialistas e se aprofundar ainda mais nesse movimento de inovação e tecnologia. 

Vamos Juntos