Logo no início da palestra, Lopes trouxe uma comparação interessante – ele disse que a IA é como a calculadora para a matemática. Esse ponto foi apresentado para esclarecer desde o início da palestra que a IA não é uma ameaça, mas sim uma ferramenta poderosa que pode elevar nossa criatividade e eficiência.
Ele explicou que os receios sobre a plataforma são reais, mas que é um processo natural da inovação que passa por algumas etapas ao se estabelecer – digitalização, decepção, disrupção, desmaterialização, desmonetização e democratização. Entendemos que estamos na etapa de disrupção, aprendendo a como utilizar a AI da maneira mais produtiva possível.
O presidente da ABEDESIGN ressaltou que a criatividade, intuição e empatia continuam sendo nosso diferencial como profissionais, algo que a IA não pode replicar. Achamos inspirador o conselho dele para não sermos “robôs”, pois nossa singularidade humana é o que realmente agrega valor ao design.
Os exemplos reais que ele trouxe de empresas que já estão utilizando a IA em seus projetos de design nos mostraram como a tecnologia já está moldando o presente e o futuro da nossa área.
– Inovação transformativa: que revoluciona as bases do mercado;
– Inovação sustentada: que aprimora continuamente as soluções;
– Inovação de eficiência: que busca otimizar processos existentes;
E adivinha, o Design está presente em todas elas.
A palestra nos deixou com uma mensagem poderosa sobre como podemos aproveitar a IA para alavancar negócios e democratizar o acesso a serviços digitais e desenvolvimento de marcas com auxílio o seu auxílio, demonstrando no processo como diferentes plataformas que utilizam a inteligência artificial aceleram o lançamento de um produto ou feature no mercado.
Painel conduzido por Raoni Teixeira, UX Designer; Pedro Burneiko, Principal Product Designer no Enjoei, a maior plataforma de brechó da América Latina; Nathalia Andrijic, Gerente de Pesquisa no Google e professora da Miami Ad School e Erico Fileno, Diretor Executivo de Transformação de Negócios com vasta experiência no mercado de UX.
A IA tem uma história desde os anos 70, mas agora está se movendo em uma direção diferente, especialmente com a chegada da Inteligência Artificial Generativa. Essa abordagem envolve sistemas que têm a incrível habilidade de criar novos conteúdos – pense em imagens, música, texto e muito mais. Eles fazem isso imitando padrões e características encontrados em conjuntos de dados de treinamento, usando redes neurais e algoritmos para dar vida a informações que nunca estiveram nos dados originais. Imagine a IA produzindo arte, música e textos criativos por conta própria, construindo sobre o que já conhece.
Há um debate sobre os limites dessa tendência. A Inteligência Artificial generativa tem o poder de criar experiências extremamente personalizadas, mas também há preocupações legítimas sobre privacidade, manipulação e a possibilidade de ficarmos presos em “bolhas de informação”.
Não, elas não estão ameaçadas de extinção. De fato, a Inteligência Artificial generativa pode se tornar uma aliada valiosa para os profissionais de UX. Ela pode acelerar a criação de protótipos, gerar ideias criativas e explorar diferentes cenários. No entanto, o toque humano continuará sendo essencial para compreender as necessidades emocionais e cognitivas dos usuários, moldando a ética do design e resolvendo desafios complexos.
Claro, há outros aspectos a serem considerados. O uso excessivo da IA generativa pode levar a uma certa uniformização do conteúdo, tirando sua originalidade e diversidade criativa. Também há questões sobre autoria e direitos autorais, já que a IA pode criar algo semelhante ao trabalho humano.
Em resumo, estamos diante de um horizonte de personalização e envolvimento graças à Inteligência Artificial generativa. No entanto, a palestra nos mostrou que é vital que a abordagem seja gerenciada com sabedoria, equilibrando seus benefícios promissores com as importantes implicações éticas, criativas e sociais que ela traz consigo.
Convidamos você a continuar esse papo com os nossos especialistas e se aprofundar ainda mais nesse movimento de inovação e tecnologia.